
nosso ofício
Somos contadoras de histórias da tradição oral.
Buscamos e reparamos contos tradicionais de povos do mundo.
Criamos contextos férteis para que as histórias possam ser ouvidas e para que outras histórias possam ser contadas, para aprendermos com e sobre a linguagem ancestral dos contos tradicionais, esse infinito e poético campo de conhecimento.



sentidos do reparar histórias
Desde que o mundo é mundo, as contadoras e os contadores de histórias caminham de mãos dadas com o tempo.
Como narradoras, buscadoras e escutadoras de histórias, podemos levar anos, uma vida inteira, aprendendo com uma única história e mesmo assim saber que ainda há tanto a descobrir.
Histórias da tradição oral – nossa vereda – são fruto do tempo, da experiência humana sobre a Terra, transmitidas há anos e anos, de geração a geração. São fonte inesgotável de vida e significados que se revelam com o tempo.
Por isso, falamos em reparar histórias - e toda história é uma história de reparar.
Reparar pede pausa. Pausa para sentir. Pausa para olhar. Pausa para escutar. Demorar-se nos detalhes. Contemplar. Aprender a lentidão e o silêncio. Cultivar o encontro.
Para que, ao repararmos na história, a história repare na gente.



uma breve história da arte de reparar histórias
Começamos a reparar histórias juntas e sermos por elas reparadas em 2001, quando nos conhecemos em um grupo de narradores que se encontrava no LISE - Laboratório do Imaginário Social em Educação, da UFRJ.
De lá pra cá, aprendemos com histórias dos povos originários do nosso país, adentramos nos bosques dos contos de fada, viajamos pelos mares dos contos maravilhosos, algumas vezes com outras narradoras, outras vezes em dupla.
Foi em 2016 que, sentadas aos pés de uma árvore centenária, com agulha e linha nas mãos, reparando um botão solto e conversando sobre a força dos contos, nasceu A arte de reparar histórias.
De lá pra cá, desenvolvemos práticas, experiências e pesquisas com narrativas tradicionais, sempre atentas a alinhavar a sabedoria ancestral das histórias às questões do nosso tempo, à poesia e à sensibilidade de cada pessoa que aceita o convite para participar dos nossos reparos.

por onde reparamos
As histórias da tradição oral são mapas que apontam caminhos e conduzem a lugares e encontros. Nosso percurso com as histórias nos levou para o Baalaka - arte e consciência, Espaço Iralem, Espaço Rizoma, Simples Lugar, Escritório Cosmos, Sud o pássaro verde, Intersecção, A Casa Tombada, Livraria Blooks, Espaço Ligia Diniz e outros.
nós



Ana Gibson é tradutora, escritora, arteterapeuta, contadora e pesquisadora de contos
da tradição oral.

Juliana Franklin é narradora
e pesquisadora de contos
da tradição oral, educadora
e arteterapeuta.
Desde 2001, Ana e Juliana contam, pesquisam e facilitam experiências com contos de tradição oral. Juntas, coordenam A arte de reparar histórias, que contempla cursos, oficinas, publicações, rodas de conversa, grupos de estudos e outros desdobramentos com histórias e mitologias. Em 2019, publicaram o livro “uma história e uma história e uma história – contos dos contos de tradição oral”, pela editora Folio Digital.